terça-feira, março 29, 2011

Relato Multisport Brasil 2011 – Felipe Fioravanti Kaufmann COSTA VERDE MULTISPORT

           Depois de um mês de Fevereiro de férias treinando bem meia boca e apenas running/trekking e logo após ter enfrentando nossa estréia na categoria PRO de corrida de aventura (Bituin Rio do Sul) com uma otima performance, estava vislumbrando esta prova como um grande desafio. E com certeza seria, aprox. 10horas de prova com 90km extensão misturados entre canoagem, moutain bike e muito trekking. Seguimos para Fpolis já na sexta após o trabalho onde ficariamos hospedados (Eu e Camila) num hotel no Campeche e proximo da largada. O André (além da Camila o André iria auxiliar no apoio) já tinha ido durante a tarde e retirado o kit em meu nome. Logo após a chegada fiz uma breve palestra com minha equipe de apoio sobre os trechos, equipamentos e o mais importante – suplementação. Suplementação seria uma questão chave para chegar bem (e chegar!) ao final desta prova. Jantamos uma boa massa e a cerveja da sorte para então “descansarmos” até sabado as 0430hs. Não foi necessário o despertador tocar, uma vez que o nervozismo não me deixou descansar muito. Acordamos tomamos café e seguimos para a largada na Praia da Armação.
           Largada, lugar alucinante! Vila de pescadores, portico posicionado em uma peninsula e o vento sul batia forte. Um sinal que o remo seria muito a favor ou muito contra o vento. Largamos as 0645hs para um trekking duro até o Pantano do Sul passando pela Praia da Lagoinha do Leste. Muita raiz, pedras, subidas e descidas foram as caracteristicas desta trilha, a qual finalizei em 01:23 minutos, 03 minutos acima do que tinha planejado. Independente de ter finalizado acima, a propria trilha não possibilitava rodar muito mais forte. Cheguei totalmente inteiro para a AT1 onde pegariamos a bike e enfrentariamos 28km pela ilha da magia.
           No AT1 vi que o apio tinha sido bem escolhido. Uma palavra carinhosa de apoio da Camila e um VAMO PORRA! Do André fizeram eu me recuperar ainda mais. Além é claro das bananas e do gatorade trincando que tomei. Empurrei um carb-up para dentro e fui encarar o mtb. Iniciava tranquilo mas logo iniciou um up-hill bem ingreme onde por partes tive que empurrar. Mas depois do sobe-desce o down-hill foi alucinante e depois disso trecho urbano socando as botas até o AT2. Fechei estre trecho em 01:28 minutos, 07 minutos abaixo do planejado.
No AT2, largariamos a bike e iriamos encarar 8km de trekking do Novo Campeche até a lagoa. Cheguei inteiro neste AT e buscando manter os tempos pre-planejados para fechar a prova em 10hrs e 40minutos. Mais uma vez show do apoio Costa Verde Multisport!!!! A primeira parte do trekking estava rodando 01minuto15segundos abaixo por km o que fez com que me empolgasse um pouco. Porém imaginava que as dunas da joaquina iriam fazer com que este trecho ficasse complicado em sua segunda metade. Não foram as dunas que dificultaram, e sim os banhados (Agua no Joelho!!!!) que fizeram com que o trecho fosse bastante cansativo e desmotivante. Devido a boa performance enquanto rodava nas dunas, fechei em 01:08minutos, 02 minutos abaixo do planejado.
             Chegando na Av das Rendeiras (AT3), lá estava meu apoio! Um enroladinho de presunto e queijo e uma COCA – o alimento predileto dos atletas de endurance! Preparei tudo e sabia que os trechos de remo seriam penosos. Vesti o colete com duas caramanholas com um Malto melado mas bem nutritivo. Iniciei o remo e por um momento deu vontade de retornar, uma vez que minhas pernas queimavam de caimbras! Mas o velho ditado vem na cabeça – El dolor es pasajero, el triunfo es eterno! Passar pela linha de chegada com meu apoio e demais
amigos aguardando não teria preço. Segui remando na Lagoa com muitas marolas (e até ondas!) eque por alguns momentos foi possivel surfar nas mesmas. Com bastante sofrimento cheguei ao Terminal Lacustre com 01:18 minutos, 07 minutos abaixo do planejado.
              Chegando no Terminal Lacustre (AT4) = Metade da prova – Ufa! Mas que nada faltavam ainda 01 trecho de moutain bike, 01 trecho de remo de 9.5km e mais 2 trekking. Apoio impecavel e vamos lá! 15km de mtb em single tracks e estradões pelo parque do Rio Vermelho. Trecho tranquilo e bem legal, especialmente para ex atletas do cross country. Fechei 01minutos abaixo do esperado, em 00:59 minutos.
No AT5 me alimentei bem com um sanduba, castanhas, repositor eletrolitico e gatorade. Pronto para um trekking curto de 7km. Curto? Levei 32minutos para percorrer o 01km. Se vc já subiu o Monte Crista (garuva/SC), multiplique a dificuldade por 10 e ai está a trilha que enfrentamos. Quando matamos o primeiro km ficou tranquilo, uma trilha que costeava as encossas sem grandes aclives/declives. No final da trilha peguei um estradão onde teria que percorrrer mais 02km. Por um momento caminhei, mas não foram mais de 10 segundos! Mais uma vez pensando em todos me aguardando e principalmente na cerveja e experiencias que seriam trocadas pós-prova. Ali cheguei já bem debilitado!!!!! Como diz o Gui, já não estava tão divertido assim. Fechei 8 minutos acima do esperado, mas ok! Tá valendo.
               No AT6 mais uma vez me alimentei/hidratei e até dei uns 03 minutos no chão sentado. Só de pensar em enfrentar 9.5km de caiaque num rio me dava arrepios. E existiam boatos de maré enchendo, ou seja, remar “rio acima”! Peguei o caiaque e bóra!!! Mangue por todos os lados e eu remando a 5 km/h, só o que fazia eram contas! Estimei 02:00hs no planejamento e acabei fechando em 01:53 minutos porém numa condição já bem debilitada e realmente de “saco cheio” de remar sozinho no Rio Ratones/Baia da Daniela. Palavras que jamais esquecerei no AT7 – ‘’Falta pouquinhôôô@” – palavras da Camila.
            Durante a prova toda pensava no momento de chegar no AT7 uma vez que após este trecho teriamos apenas 04km de trekking até a tão sonhada chegada. Tomei a melhor coca da minha vida e segui para a chegada. Mais um sobe-desce, trilha, mato, etc mas ali já não eram musculos e ligamentos que faziam meu corpo se movimentar – era a adrenalina. O portico de chegada da Red Bull lá em baixo na praia de Jurere me deu calafrios...desci uma ladeira de paralelepipedo e o André estava me aguardando para correr os ultimos metros comigo. Momento indescritivel!!! Prova completada em 10horas e 15minutos com a 12ª colocação na Cat Open Solo!!!!
           A colocação pouco importa! Completar uma prova deste nível em boas condições só me fez aprender ainda mais sobre mim mesmo e curtir aquele momento pós chegada com amigos/namorada realmente foi animal!!!!

quarta-feira, março 23, 2011

FEELING PAIN - Multisport Brasil 2011

No dia 19/03/11 aconteceu em Florianópolis/SC a 5º edição do Multisport Brasil. Uma prova marcada pelos cenários paradisíacos da ilha da magia. A equipe Costa Verde Multisport encarou essa experiência na categoria individual open com os atletas João Guilherme(eu), Felipe e Everton. O apoio foi formado por familiares e amigos (Gerson, Rosane, Jamila, Camila, André e Jonathan). Estávamos mais preocupados em finalizar esta aventura do que conseguir boa colocação, estimamos nossos tempos de chegada em torno de 11hrs.



Todas as previsões indicavam que o sábado seria de muita chuva e vento, já sabíamos que seria difícil com terreno seco, mas com chuva e vento seria pior ainda. Para nossa surpresa, ao acordarmos as 4:45hrs de sábado, nem sinal de chuva e aos poucos as nuvens foram sumindo e o sol começava a dar as caras. Excelente, partimos para a praia da armação (local da largada), onde várias equipes já acertavam os últimos detalhes  para o longo dia que teriam pela frente. As 6:30 foi dada a largada da prova, e logo nos primeiros metros já tivemos que transpor um riacho, dali pra frente começava o perrengue. O primeiro trecho já era duro, 9km de corrida em areia fofa e trilhas técnicas, com grande desnível. A minha intenção era largar tranqüilo para não gastar muita energia já nos primeiros quilômetros, mas na “pilha”da largada já entramos na trilha em ritmo forte. Consegui acompanhar os primeiros colocados, e estava me sentindo muito bem, descendo muito forte, pulando as pedras de forma meio suicida, ainda bem que nenhum acidente aconteceu. Minha previsão era terminar esse trecho em 1:40hrs e cheguei na AT1(Pântano do Sul) com 1:13hrs (27min abaixo).

Rápida transição e parti para 28km de Mtb, não estava me sentindo muito bem neste trecho, estava meio travado e logo no inicio nas ingrimes ladeiras não consegui subir pedalando e tive que empurrar a bike por alguns minutos. Na descida novamente fui um pouco kamikaze, ela era bastante ingrime e com cotovelos fechados, mas valeu a pena, passei vários atletas. No decorrer do trecho pedalei uns 15km no vácuo de um atleta do revezamento, e consegui dar uma descansada. Hahaha. Finalizei o trecho com 1:26hrs, 4min abaixo do tempo previsto. Após a corrida, meu tio, Gerson, me disse que a roda dianteira estava totalmente travada, encostando no freio. Não sei se esse foi o motivo das pernas pesadas, mas com certeza devo ter gasto energia em vão.



Na AT2 (Novo Campeche), tomei uma água de coco, comi uma banana e parti para 8.5km de corrida nas dunas. Neste trecho comecei a sentir câimbras nas coxas mas continuei correndo, só que num ritmo mais lento. Alguns atletas me passaram, mas eu estava realmente preocupado em poupar minhas pernas para as próximas etapas, já que não estava nem na metade da prova. A única coisa favorável nesse trecho eram os banhados entre as dunas, que refrescavam o corpo que já estava sendo castigado pelo forte sol.


Cheguei na AT3 (lagoa da conceição) em 1:14, 6 minutos abaixo do tempo previsto. Agora começava a primeira perna de canoagem, 8km até o terminal lacustre. Com certeza a canoagem era o meu maior medo, já que não sei remar direito, e o único treino que eu faço de canoagem são nas corridas de aventura. Comi algumas bisnaguinhas, tomei a melhor coca-cola da vida (geladíssima) e comecei a remar. Neste trecho o vento soprava a favor e consegui manter um bom ritmo durante toda a lagoa, o único problema é que os atletas com caiaques próprios (de competição) passavam por mim com uma velocidade muito maior, apesar do máximo de força que eu fazia, meu “pobre”caiaque continuava indo na mesma. Era desanimador. Trecho finalizado em 1:24hrs, novamente 6minutos abaixo do previsto.


Nova transição, novamente Mtb, agora pela frente eu tinha 14,5km de tilhas e estradões. Não sei se foi por causa da roda, que agora não estava mais travada, mas esse foi a minha melhor perna da prova, passei umas 8 pessoas e estava me sentindo muito bem, forcei bastante o ritmo. Terminei com 51minutos, 9 minutos abaixo do tempo previsto.

Na AT6 comi novamente e parti para mais 7km de corrida (Rio vermelho – Ratones). Logo no início da trilha senti câimbras novamente, qualquer raiz, degrau, pedra que eu passava meus músculos travavam. As várias horas de prova já começavam a fazer efeito no meu corpo, e nesse momento as coisas já não estavam tão divertidas hahaha. Fui com outro atleta em ritmo bem lento, conversando até o momento em que a trilha ficou plana novamente e partimos em um trote leve até o final do trecho. Cheguei no AT7 com 1:14hrs, 4 minutos acima do tempo previsto.




Estava sentado me hidratando na AT, e o cansaço quase me venceu, estava com bastante vontade de entrar no carro, trocar de roupa e relaxar. Mas não iria jogar tudo que eu já tinha feito até ali por água abaixo, não iria decepcionar meu apoio, minha equipe, não podia desistir porque não ia me perdoar na segunda feira, quando chegasse no trabalho e o pessoal perguntasse: “e ai, como foi? Desistiu? Porque?....Nessas horas uma frase pode ser motivação para você continuar mais um pouco. Justamente, nesse momento lembrei de um frase do Lance Armstrong “A dor é temporária, desistir é para sempre”, pronto, já serviu de combustível e fui encarar o pior trecho da prova (para mim), 9,5km remando pelo Rio Ratones. Logo no inicio fiquei ainda mais FELIZZZ, notei que teria que remar contra a correnteza. As coisas estavam cada vez piores, olhava para um lado: mangue, olhava para o outro lado: mangue, olhava para frente: ninguém. Respirava, remava, e logo passava um caiaque de competição por mim, a todo vapor, e eu ali na mesma. Minhas mãos não agüentavam mais segurar o remo, minhas costas não suportavam mais fazer o mesmo movimento, ai começaram a vir os pensamentos ruins: porque eu faço isso? Porque não sou uma pessoa normal? Poderia estar sentado numa cadeira de praia, tomando uma cerveja, qualquer coisa menos estar aqui nesse momento. Pensava que nada mais poderia ser pior que aquilo, e.....adivinhem??? as coisas pioraram, observei uma ponte uns 200m a frente, com vários expectadores, pensei que eram fotógrafos, algo assim, mas na verdade eram as pessoas querendo rir da minha desgraça hahaha. Na ponte o rio afunilava, formava um forte correnteza que teríamos que transpor. Não tinha mais forças para nada, e na minha primeira tentativa não consegui passar pela ponte. Parei, descansei um pouco, outro competidor chegou e conseguiu passar. (Droga, vou ter que tentar novamente, pensei). Tentei e não consegui, mas antes de ser levado para trás pela correnteza, me agarrei na ponte e na vegetação e fui me arrastando e finalmente consegui vencer esse maldito obstáculo. O trecho não terminava nunca, comecei a remar e contar as remadas em voz alta, para me distrair e ver se o tempo passava mais rápido, acho que enlouqueci por alguns momentos!!!
Após 1:54hrs chequei na ultima AT, 6min abaixo do tempo previsto.


            Este ultimo trecho era o mais fácil de toda a prova, 4km de corrida. Mas depois de mais de 9hrs de prova, nada mais era fácil!!! No final do remo percebi 2 outros caiaques na minha cola, e utilizei as ultimas energias que ainda tinha para dar o gás final nas tilhas e não perder mais nenhuma posição. No topo da trilha, avistei o pórtico de chegada, vários sentimentos me dominaram, as dores sumiram, todo sofrimento desapareceu, só me vieram as lembranças dos momentos bons durante a prova, do meu apoio me esperando, da comemoração, dos treinos.
            Finalizei este ultimo trecho em 30min, exatamente como o previsto e finalizei a prova com 9:49hrs, 1:11hrs abaixo do previsto. Terminei a corrida na 9º colocação na categoria individual open.

            Felipe terminou com o tempo de 10:15hrs, na 12º colocação na categoria. Everton, infelizmente desistiu por problemas musculares.

            Fiquei muito contente de ter conseguido chegar ao final dessa dura prova, e ainda mais feliz de ter conseguido fazer um tempo bom, fiquei surpreso comigo mesmo.
            A sensação de você concluir uma prova deste nível não tem preço, muitas pessoas me perguntam: - O que vocês ganham no final? Não ganham nada? Vocês são loucos!! Qual a graça disso? Para mim ai é que ta a graça, superação de limites, você prova para você mesmo que é capaz de conquistar feitos incríveis, e isso te torna cada vez mais uma pessoa melhor, não só no meio esportivo, mas também no dia a dia, na convivência com as outras pessoas, com a família, no trabalho, etc.

            Ao final de cada prova, por menor que seja, tenho cada vez mais vontade de treinar, de superar cada vez mais o meus próprios limites. Quem diria, ano passado as provas de 4hrs eram consideradas longas para mim, agora estou terminando provas de 10hrs e querendo mais. Evolução!! A luta continua.
            O nosso apoio nessa corrida foi mais do que 100%, me hidratei muito bem, me alimentei muito bem, e os meus equipamentos estavam sempre prontos em todas as AT`s. Foi impecável. A prova também foi excelente, apesar de ter ouvido reclamações de outros atletas, para mim estava muito bem sinalizada.
            E continuamos no espírito – FEELING PAIN


sábado, março 12, 2011

MULTISPORT BRASIL - O TRIATHLON DAS MONTANHAS

Boa tarde...

3 dias seguidos de chuva...ta foda
tive que apelar pro spinning e esteira para terminar meustreinos pro multisport brasil.
A prova acontece dia 19/03/11, em Florianópolis.



Serão 90km divididos entre corrida, mtb e canoagem.
segue:
Estágio 1: Corrida, 9km. Praias de areia fofa e trilhas técnicas. Desnível moderado.
Estágio 2: Ciclismo, 28km. Misto de trecho urbano e plano com estrada de chão e desnível forte.
Estágio 3: Corrida, 8.5km. Dunas e trilha sobre areia.
Estágio 4: Canoagem, 8 ou 13km*. Lagoa com possibilidade de vento e ondulação.
Estágio 5: Ciclismo, 14,5km. Trilha arenosa (pedalável!), estradões. Pouquíssimo asfalto.
Estágio 6: Corrida, 7km. Trilha por mata, técnica e alto desnível. Final com asfalto plano.
Estágio 7: Canoagem, 9.5km. Rio de mangue, sujeito à corrente de maré, e último km em mar abrigado (baía).
Estágio 8: Corrida, 4km. Trecho urbano com calçamento, praia com areia dura e trilha com pouco desnível.

Isso ae..Já tem mais de 130 inscritos.
Este ano Eu, Felipe e Everton vamos encarar o perrengue na categoria individual open.
Estamos anciosos, pois os relatos são de uma prova totalmente PSICA!!! hahaha

Os treinos estão em dia, então é só cuidar na alimentaçao, na estratégia de prova, hidratação,etc.
Vamo dalhe!!
até!!



segunda-feira, fevereiro 28, 2011

BITUIN 2011

                     Como ano passado estávamos indo sempre bem nas provas na categoria aventura, este ano Eu e Felipe decidimos partir para um desafio maior, as provas na categoria expedição, onde as quilometragens e dificuldades são muito maiores do que estávamos acostumados. É a categoria mais difícil das corridas de aventura.


                                 
                      No final de semana de 26 e 27 de fevereiro de 2011, partimos para nos estréia, na Bituin, em Rio do Sul. No caminho admirávamos a região cercada de imensos paredões, morros cortados pelas estradas, mal sabíamos que iríamos sair de lá sem querer ver nenhum desses pela frente tão cedo!!!  
                     Chegamos por volta de 10hrs da manhã, almoçamos cedo e acertamos os últimos preparativos com as bikes, equipamentos para largar e os equipamentos para o Dark Zone. Largamos as 15hrs, para 20km de duck. Foi e sempre será uma sensação muito boa participar dessas corridas em cidades “pequenas”, onde moradores locais param e observam os corredores com roupas coloridas e chamativas fazendo algo totalmente novo para eles. Na largada, em meio há muitos curiosos e equipes de apoio haviam por volta de 30 ducks alinhados, que foram se distanciando uns dos outros no decorrer das corredeiras. A organização havia dito que o rio seria de nível 3, e muitos estavam esperando uma descida agitada, mas a maioria do trecho de remo foi em remanso, com águas calmas, apenas com algumas corredeiras mais emocionantes.

                                       

                                       

                                       

                                       
              Terminando após 2hrs de remo os 20km, decidimos não ir buscar o primeiro ponto facultativo da corrida (F1), pois teríamos que voltar remando contra a correnteza por 1.6km, valeria um bônus de 45min mas seria muito cansativo, resolvemos não arriscar, como a maioria das equipes, acho que apenas 4 foram até lá!!
                                               
                Partimos para o Mtb com calma, pois sabíamos que teriam no mínimo 3 serras pelo caminho. Aos poucos passamos por algumas duplas que estavam em ritmo mais lento. Sabíamos que deveríamos tentar forçar um pouco enquanto ainda estava claro, pois navegar no ciclismo e a noite seriam uma tarefa não muito fácil. Dito e feito. O sol se foi e as coisas foram ficando mais complicadas, na escuridão da noite, víamos apenas nossas headlamps e algumas poucas casas em meio as áreas de reflorestamento. Quando achamos que estávamos no caminho certo, demos de cara com 1 quarteto (Koru) e outra dupla voltando em nossa direção, percebemos que estávamos andando em círculos. Analisamos os caminhos e partimos junto com a Koru até o final do trecho de bike, onde chegamos exatamente as 21hrs, totalizando 4hrs de sofrimento em cima do selim. 
                Conferimos a classificação e tínhamos terminado a primeira etapa da prova na 7º colocação, de 19 duplas. Estávamos felizes, por ser nossas estréia na categoria e só queríamos um banho, comida e roupas quentes. No caminho para o Dark Zone, onde haveria um acampamento para dormimos algumas horas, começou a chover, para nossa tristeza, chegamos encharcados e tivemos que montar nossas barraca no escuro e na chuva. Tomamos um banho quente e fomos comer uma galinhada que estava a venda ali mesmo. Não estava lá essas coisas, mas após o dia todo comendo só cereal e carb-up, pareceu a melhor comida do mundo.  
                    Já eram 23hrs e a chuva não dava trégua, e fomos para a barraca e ficamos muuuito contentes quando notamos que a barraca tinha muitas goteiras. Tentamos dormir nos locais que estavam mais secos, mas não tinha jeito, aos poucos a barraca toda estava cheia de água e percebemos que seriam longas 4hrs de sono! Dormimos muito mal e acordamos com nossas roupas todas molhadas, mas pelo menos conseguimos descansar as pernas e a lombar, que eram as partes do corpo mais doloridas no momento. As 4hrs, continuava chovendo, eu e Felipe acordamos e tomamos um café da manhã meia boca (pão com atum e coca cola) e fomos surpreendidos com uma banda local tocando para acordar os competidores. A banda se chamava os apicultores, e todos tocavam usando roupas de apicultores, foi uma cena hilária, e apesar do som deles ser ruim, serviu para acordar e animar todos.
                                         
                         As 6hrs da manhã foi dada a largada novamente, agora no trekking. Seriam longas horas atravessando os morros e todas equipes permaneceram juntas, num bloco por bastante tempo. O ritmo foi muito forte, os que estavam na liderança queria manter sua posição e os que estavam para trás queriam recuperar posições. A navegação estava tranqüila no início, exigindo bastante da parte física para transpor as imensas ladeiras escorregadias, havia muita lama em todos lugares. Após umas 2 hrs de trekking as equipes foram de separando, e novamente estávamos navegando junto com o quarteto Koru. Mantivemos um bom ritmo durante mais 2hrs e chegamos na área de técnicas verticais, onde metade da equipe iria fazer outra pista de navegação, com mapas na escala 1:10000 (mais detalhado) e outro iria fazer a técnica vertical de sua escolha, Rapel de 50m na cachoeira ou tirolesa de 125m. Escolhi fazer o Rapel e o Felipe foi para a pista de orientação. O Rapel foi adrenalina pura, pois o nível de água que caia era grande, fazia muita pressão, mas tudo ocorreu sem problemas, e ao terminar tive uns 20min de descanso ajeitando as bikes e esperando o Felipe voltar. Quando ele retornou, ele tinha achado 4 dos 9 pc`s, e pediu pra mim procurar mais alguns enquanto ele também descansava um pouco. Parti para procurar o Pc 7, e encontrei um integrante da dupla Santa Rita e juntos achamos os Pc`s 7,8 e 9. Foi muito cansativo, ainda mais porque eu já estava de sapatilha para o ultimo trecho de mtb, e corri mato a dentro com ela, foi muito desconfortável, mas nada que atrapalhasse a correria. Voltei para onde o Felipe estava e nos faltavam ainda 2 Pc`s, o 5 e 6, resolvemos não busca-los e partir para os últimos 20km de mtb. (Como deixamos de pegar 2 pc`s recebemos uma penalização de 30min no tempo total da prova
                                       

                                       

                                       

                                       

                                       

                                       
             O ultimo trecho de bike foi mais relaxante, não forçamos pois não iria mudar nossa colocação na corrida, e fomos já relaxando e descansando as pernas após uma longa manhã. Chegamos meio dia no Bituin bar, finalizando a segunda etapa novamente na 7º colocação.
            
             E assim foi nossa estréia na categoria expedição, onde podemos perceber que para esta categoria não basta ser bom em apenas uma modalidade e sim em todas, principalmente na orientação, que ainda é nosso ponto fraco.

              Estamos após cada corrida evoluindo mais um pouco, ganhando experiência e fazendo novas amizades, e cada vez mais gostamos de participar dessas loucuras, pois vemos o quanto é sofrido, mas é muito gratificante conseguir terminar uma corrida desse nível e ver que vale a pena cada vez mais continuar treinando, para sempre buscar um novo patamar nesse esporte. São muitas pessoas que acham que conseguem aguentar longas horas, mais o stress físico e mental é grande e são poucos que conseguem terminar uma corrida como essa. A organização da prova esta de parabéns, foi muito boa e atenciosa com todos. As únicas reclamações por parte dos participantes foi o Dark Zone, que quebrou um pouco o ritmo, além do perrengue de dormir em barracas alagadas (praticamente todos tiveram o mesmo problema que nós devido a forte chuva na noite toda). Todos queria que a prova continuasse com o trekking na madrugada, mas valeu a pena e já estamos ansiosos pela próxima.

                                       

terça-feira, fevereiro 15, 2011

CORREDORES ECOLOGICOS 2011



No ultimo final de semana de fevereiro, acontecerá em Rio do sul - SC a primeira etapa do campeonato catarinense de corrida de aventura. A equipe Costa Verde, irá participar na categoria Expedição duplas (Eu e Felipe).

Será nossa estréia na categoria, já que nos ultimos 2 anos participamos da categoria aventura. Agora vamos disputar com a Elite do esporte.

A prova começará no sábado, com largada prevista para as 14hrs, com uma perna de 25km de Remo (duck). Em seguida terá um Mtb casga grossa, com bastante Up hill de 55km. A chegada esta prevista para 21..22hrs no Dark Zone.

No dark zone (acampamento), os competidores terão até as 5 da manhã para ajustar as bikes, descansar e se alimentar!! Entao largam novamente com seus tempos respectivos para 25km de trekking (o qual exigirá bastante conhecimento em navegação), durante o trekking terão as técnicas verticais: tiroleza de 125m, rapel de 50m e pêndulo humano de 30m (esse é novidade pra mim, estou ancioso e com um pouco de medo hahahaha), depois para fechar a prova mais 35km de Mtb.

Estamos muito bem preparados fisicamente, e confiantes para um bom resultado. Nossa maior e talvez unica dificuldade é a orientação, não que ela seja ruim, mas tem equipes que são muito boas e dificilmente eram o caminho, ganhando assim muito tempo durante toda prova.

Vamos nessa..agora o ritmo de treinos já esta diminuindo, só manter nesses 10 dias restantes!!!

http://www.expedicaoeaventura.com.br/

Abraço

segunda-feira, janeiro 24, 2011

TREINOS

Fala galera

Ja estou em ritmo intenso de treinos...ja esstou inscrito em 2 corridas (vou comenta-las em outro post) que vao ser mto tensas!!!
Fiz uma revisão na minha bike e comprei algumas peças novas...agora ela esta pronta pra guerra novamente. Alias, em 1 semana ja esta precisando de outra revisão, em joinville se você não encarar uns treinos na chuva você não treina!! só chove!! hahahaa

Estou vendo que vai ser dificil achar um tempo pro corpo descansar..já estou a quase 2 semanas sem um dia completamente Off...sei que é necessário, mas sinto que preciso treinar muito ainda para as corridas que me esperam. Meu maior medo é de me lesionar pelo excesso de treinos, mas estou malhando corretamente, pedalando em treinos intercalados, correndo sem muito carga e remando 3x por semana!!

O bixo vai pegar...
em 2 semanas ja perdi 4kg..toda aquela gordurinha que o verão me deu, já era!! hahaha

Vamos a luta
Grande abraço

domingo, janeiro 16, 2011

LIVROS

Olá...começando mais um ano, um ano de muito esporte, muitos treinos e muitas corridas!! Sempre buscando superar os tempos anteriores, superar os limites!!

As férias foram ótimas para descansar, apesar de eu não ter me aguentado, e pelo menos 1 corridinha diária eu tive que fazer hahaha acho que sou hiperativo hahahah

consegui ler mais um bom livro, enquanto o pessoal ficava torrando no sol, e resolvi fazer este post com algumas sugestoes de bons livros que eu já li!!!

A luta de Lance Armstrong – Ed Gaia – Livro excelente, que relata toda a trajetória de um dos maiores ciclistas da história que, após ter câncer, conseguiu ser 7x consecutivas campeão da prova mais dura do ciclismo mundial.

Lance Armstrong – Programa de treinamento – Ed. Gaia – Livro interessante, bom tanto para iniciantes tanto para atletas experientes. Explica como é o programa de treinamento, fortalecimento e alimentação de lance Armstrong.


A Biografia de Kelly Slater : Pipe Dreams – Ed. Gaia – Jason Borte – Ótimo livro que conta toda história de vida de um dos maiores atletas que já existiu. Relata como Kelly teve que abrir mão de várias coisas durante sua vida para viver no mundo das competições.


Outras Ondas – Fred d`Orey – Ed. Gaia – Livro com centenas de publicações na revista Fluir que mostra a paixão que cada atleta tem por seu esporte, nesse caso, o surf. O livro relata como as pessoas transformam todo seu cotidiano para poder praticar seu esporte favorito, sem ganhar nada em troca, apenas pelo prazer que o esporte nos oferece.



Transformando suor em ouro – Bernardinho – Ed. Sextante – Livro motivacional que serviu de inspiração para milhares de pessoas no mundo, tanto no lado esportivo como no lado pessoal e profissional. Bernardinho descreve toda sua luta e disciplina para levar a seleção brasileira de Vôlei ao nível que esta até hoje.



Biografia de Carlos Gracie – O criador de uma dinastia esportiva – Ed Record – Reila Gracie – Livro Poderoso onde além de contar toda a polêmica vida de Carlos Gracie, relata como ele trouxe o Jiu-Jitsu para o Brasil, explica como funciona a famosa dieta Gracie, alimentos funcionais para o esporte, métodos de treinamento e disciplina esportiva, curas de doenças através de plantas medicinais, etc. Apesar de possuir mais de 600 páginas é um ótimo livro.

Uma estrela chamada Senna – Lemyr Martins – Livro que conta toda trajetória de vida de um dos maiores ídolos do esporte brasileiro. Além de descrever a história de todas as corridas que Senna fez como piloto profissional, mostra também sua disciplina fora do cumum, seu alto conhecimento em elétrica e mecânica e conta como era difícil para ele conseguir controlar sua alta competitividade.